2 de setembro de 2009

Venezuela

Como todo resto da viagem, essa segunda fase, quando saio do Brasil, não havia sido planejada a fundo. Defini um roteiro macro e marquei as principais cidades que deveria passar. Acostumado a definir a direção somente diante dos trevos e encruzilhadas enquanto ainda no Brasil, não pensei que iria ter alguna dificuldade fora. Porem o equivoco que cometi não foi em relação a ter dificuldades em escolher a direção mas sim em deixar a “sensação de segurança” que o nosso país berço oferece para entrar em um país bem mais hostil e desconheçido do que eu imaginava.

Fui bombardeado pelos Venezuelanos que insistiam em dizer que era “Absolutamente” insano cruzar a venezuela sozinho e que era muito provavel que eu fosse assaltado em algum momento. A palavra Periculoso foi incontaveis vezes pronunciada.
Sim, depois de tantas informaçoes sobre as lendas de super bandidos e traficantes que eu enfrentaria fiquei com medo.
Parece algo muito simples essa história de ter medo, mas eu sou duro na queda e para os que me conheçem sabe que eu admitir que fiquei intimidado é por que a coisa foi séria.
Mas muito acima do medo estava a vontade incrivel de desbravar esse territorio novo e fazer essas lendas de fato ficarem na condição de lendas.
Aos poucos fui me tranquilizando e a cada nova cidade que passava, que pelas informaçoes eram praticamente sitiadas pelo perigo, fui refletindo sobre como precisamos encarar os perigos para seguir nossos objetivos e que se pararmos na primeira ameaça podemos ter sido vítimas apenas de lendas.

Agora ja estou ate furando barreiras nas estradas, subindo e descendo os Andes e se olhar feio eu ja retruco. “¿Qué Passa? ¡ Soy BRASILEIRO MERMAO!

Nesse país enfrentei os mais diversos climas. Aridez extrema e ventos super gelados dos Andes. Vi animais muito diferentes do que tem no Brasil e paisagens que lembram o Sertao Nordestino arrancando saudades imensas.
Aprendi a entender muito mais español e falar o suficiente para uma conversa despretenciosa com algum habitante com uma boa história.
Levo para Colombia uma boa bagagem de sensaçoes novas e uma enciclopédia de detalhes aprendidos nesse mês na Venezuela.

Devo ainda ficar nesse país mais 5 dias e finalmente entrar na Colombia pela regiao da La Guajira, extremo norte da América do Sul.

Um comentário:

  1. Como assim, Bial? Entao eu nem deveria passar perto daí... se com os ladroes de galinha daqui eu já me desespero, ai entao... E NAO, RUOBI! Voce nao pode por a vida do Caça em perigo! Acha que só em dizer SOY BRASILEÑO já resolve? Nao senhor! O Caça nao merece isso! Eita, tu tb não! uhuhuhuhuhuhuhu! beijóvisk, Japanilson! ;)

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